A Campanha Salarial e Social dos Trabalhadores nas usinas e destilarias que produzem Álcool/Etanol no Estado de São Paulo, começou oficialmente nesta quarta-feira (2), com a abertura do Seminário de Negociação Coletiva. O evento está sendo realizado no auditório da Colônia de Férias dos Químicos, em Praia Grande(SP) e será encerrado na quinta-feira (3), com a definição das estratégias para a negociação coletiva.

Participam do Seminário líderes da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo), entidade filiada à Força Sindical e a CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico), e de seus Sindicatos que representam mais de 30 mil trabalhadores distribuídos em todo o estado.  

De olho na defesa dos direitos trabalhistas e sociais da categoria, os dirigentes estão mobilizados pelo reajuste salarial, aumento real, em defesa do emprego e por melhores condições de trabalho. Para elaborarem um trabalho que espelhe a situação atual dos trabalhadores e a realidade do setor, os dirigentes estão debatendo questões pontuais, a partir da análise de números e dados fornecidos pelo DIEESE. Ao término do encontro, os sindicalistas deliberarão a Pré-Pauta de Reivindicações da categoria.  A data-base é 1° de maio.

Na abertura do Seminário, Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da FEQUIMFAR e 1º secretário da Força Sindical, reforçou a importância do compromisso com a instalação de grupos permanentes de discussão por empresas, objetivando sempre a luta por mais direitos e conquistas para a categoria.

Leite lembrou aos presentes que a Campanha Salarial e Social 2016-2017, se inicia em um cenário diferente. Em sua avaliação, ele disse “este setor é um dos que mais sofreu nos últimos tempos, mas que agora está retomando o fôlego com índices que mostram o aumento do consumo de álcool combustível, aumento nas vendas de etanol hidratado pelos distribuidores de combustíveis e lucros em várias empresas do setor. Sendo assim, a categoria estará mobilizada e unida para que possamos conquistar reajustes que condizem com a realidade do setor”. 

Para o presidente do Sindetanol, Milton Sobral, está ação coletiva, organizada e amparada em dados reais, promove um resultado mais eficaz do ponto de vista de efetivação das conquistas. ”Trabalhamos com fatos e sabemos da realidade do setor, isso permite que iniciemos uma Campanha onde as reivindicações não são invenções, mas necessidades visíveis” disse Sobral.

O secretário geral do Sindetanol, Antônio Mendes Neto, destacou a importância de promover uma Campanha Salarial onde a união dos sindicatos da categoria seja o ponto forte, gerando transparência nas ações e clareza nos posicionamentos frente aos trabalhadores. “É preciso haver comprometimento de todos, a partir das decisões tomadas e, acima de tudo, fortalecer a representatividade nas bases dentro do processo da Campanha Salarial e Social”, afirmou Neto.

Principais Bandeiras de luta:

Defesa do emprego

Reposição das perdas salariais

Aumento real

PLR (participação nos lucros e/ou resultados)

Fim da rotatividade de mão de obra

Direito à qualificação e requalificação profissional

Melhoria nas condições de saúde e segurança

Igualdade de oportunidades

Direito à qualificação e requalificação profissional

Fonte – Com informações do Depto. de Imprensa da Fequimfar