Trabalhador(a), estamos do mesmo lado, não se engane! Vivemos tempos de apreensão quanto ao futuro do Brasil e também temos preocupação com a nossa família e a manutenção do emprego. São preocupações reais, principalmente em uma economia onde o governo insiste em dizer que está reagindo, mas vivemos sob a pressão de aumentos diários.

É com base nesta visão social de interligação, na qual as decisões políticas nas esferas municipal, estadual e federal afetam todos os trabalhadores, independentemente da situação pessoal, que desenvolvemos a campanha salarial e social de 2018-2019.

Fomos ao encontro de vocês nos locais de trabalho e em todas as empresas que representamos trabalhadores. Estivemos juntos nos turnos a noite, pela manhã e a tarde. Não medimos esforços para que tivessem informação atualizada sobre as negociações. Nada foi feito sem que vocês tomassem parte e, democraticamente, seu voto e sua presença nas assembleias determinaram o fechamento dos acordos.

Assim, nossa luta sindical é legitimada em assembleia. O voto é a “arma” dos trabalhadores que decidem, que fazem opção por um lado, que não se omitem diante de situações desfavoráveis e que, portanto, tomam para si as decisões que refletem em suas vidas e de suas famílias. Isso também é cidadania e favorece a luta contra a injustiça social e desigualdades.

Por outro lado, a situação do país nos coloca em um dilema, como conseguir avançar neste processo de uma forma consciente, principalmente quando se trata de política, da eleição que se aproxima e continuar zelando por nossos ideais e interesses, seja no nosso local de trabalho, em nossa família, no convívio com amigos e, principalmente, respeitando as opiniões e direitos dos demais.

Acredito que está é a grande questão que se apresenta hoje para nós, principalmente em tempos de descrédito na política e nos políticos. Eu sei que algumas pessoas não gostam de falar de política e que já tem gente dizendo que este ano não vai votar em ninguém. Novamente, é preciso lembrar que o VOTO é a resposta mais eficiente que temos. Que possamos usar com sabedoria diante dos políticos, pois independente de querermos ou não, o resultado das urnas influenciará nossa vida.

Se nesse processo todo, pelo menos conseguirmos identificar quem, ao longo dos últimos quatro anos, votou favorável ou contra leis que retiraram direitos de trabalhadores, creio que estaremos no caminho certo para uma escolha consciente, pois nos omitirmos é dizer sim aos mesmos e novamente pagar caro pela escolha.

Como sindicato que representa uma categoria profissional, nós temos o nosso lado. Defendemos os interesses de uma categoria e é nessa direção que encaminhamos nossas ações. Desde já, em todos os níveis e independente de situação partidária, fazemos opção por quem tem compromisso com os trabalhadores. Quem votou contra os interesses dos trabalhadores deve sair.