A Assembleia de credores da Destilaria Santa Fany aprovou na segunda-feira, 4 de julho, na Câmara Municipal de Regente Feijó-SP, a proposta de venda da destilaria para a empresa Braspart Florestal, de Campos de Holambra/SP. Com a aprovação, a Destilaria Santa Fany será vendida por R$ 170 milhões. Agora, só falta a homologação da venda pela justiça, que vai analisar os registros na ata da Assembleia e os compromissos assumidos pela empresa compradora. 

Na assembleia foram apresentadas três propostas de aquisição da Santa Fany, além da Braspart Florestal, também participaram com suas propostas os grupos Mills, sediado na Guatemala e Vinar Sugar, de Ribeirão Preto. 
Entre as cláusulas acertadas para a aprovação da venda, está o compromisso da Braspart de quitar toda a dívida, entre passivos e ativos, inclusive os valores integrantes do processo de recuperação judicial, na ordem de R$ 120 milhões, em 12 meses. Também ficou definido que a Braspart fará o pagamento de R$ 50 milhões, em seis meses, referentes às dividas de salários e benefícios dos trabalhadores e apresentarão em 90 dias, hipoteca imobiliária no valor de R$ 40 milhões. 

De acordo com o sócio-proprietário da Braspart, José Maurício Scarassatti, a proposta apresentada é viável, pois utilizarão rendimentos da própria Braspart Florestal na quitação dos débitos e que estão preparados para fazerem investimentos de cerca de R$ 60 milhões, para realizarem os investimentos necessários na nova empresa, a qual também terá como denominação Braspart, como as demais empresas do grupo.

Ao término da Assembleia, Scarassatti agradeceu aos credores, se mostrando feliz pelo que ele chamou de “voto de confiança e crédito de todos”, lembrando que o maior compromisso é “arregaçarem as mangas e trabalharem unidos, como uma grande família, buscando sempre a produção e a qualidade de vida”.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível de Presidente Prudente e região, Antônio Mendes Neto, que acompanhou de perto todo o processo desde o início, a decisão pela venda foi a mais acertada, segundo ele, “assim evita-se a falência, a empresa autorizada assume o ativo e o passivo da destilaria e ela volta a funcionar normalmente”.